O que a interwebs fala #3 #InternetJusta

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Se você ainda não sabe, algumas operadoras (Vivo, NET, Claro, Oi) pretendem implantar uma nova forma de cobrar a internet que você usa aí na sua casa. Um modelo de franquias, semelhante as franquias de dados móveis (do celular). Ou seja, limitar seu consumo. Eu tô bem preocupada com essa mudança, por isso fiz esse post cheio de questões e dramas contemporâneos.

Bom!

Antes de começar a escrever esse post, zerei todas as histórias do meu snapchat (marimarimaia), vi um vídeo da Jout Jout no youtube, também assisti a um vídeo de mais de 50 minutos sobre Direito Digital no canal Petit Comitê, zerei minha timeline do instagram (marimaia_) e do twitter umas 5 vezes, acessei muitos, muitos sites buscando referências para um trabalho aí, e, enquanto eu pesquisava, deixei tocar, no youtube, o show do Of Monster and Men, no Lolla desse ano. Agora, estou escrevendo esse post enquanto escuto Twenty One Pilots, também no youtube. Talvez, mais tarde, veja Netflix.

Esse foi um pedaço do meu dia. De um único dia. Eu sei o que acessei na Internet durante esse pedaço de tempo. Mas não sei o que vou acessar amanhã ou daqui a três dias ou a 15 dias. Também não sei o que minha irmã anda acessando no computador dela nem o que minha mãe acessa no celular. Divido a Internet com a família, assim como a maioria dos brasileiros que possui internet em casa. E também como boa parte desses brasileiros, não sei o quanto consumo de dados por mês e acho caro o valor pago na conta de Internet.

Com a implantação do modelo de franquias, tenho medo de perder ou de ver reduzido todo um mundo de possibilidades que a Internet me traz. No meu/no nosso caso é perder, e para outra parte da população que nunca teve esse mundo de possibilidades? Nunca terá?

É assustador pensar que um dia podemos perder o acesso à informação, ao entretenimento na ponta dos dedos. A oportunidade de poder trabalhar de/em casa, porque pegar trânsito é foda, ou porque você quer ser seu próprio chefe, sei lá. A oportunidade de aprender uma nova língua através de vídeos do youtube ou de aulas pelo skype.

É um balde de água fria ver tantos avanços acontecendo lá fora e também aqui no Brasil (devagaaaar, mas tamo indo), no que diz a respeito a tecnologia, estudos sobre mídias digitais, inclusão digital, galera desenvolvendo aplicativos, se mostrando empreendedora, e meio que tudo isso ficar restrito a um número irrisório de pessoas, porque, simplesmente, milhares de famílias não terão condições (ou se recusarão) de pagar um plano de banda larga que possibilite o acesso a serviços de streaming, educação a distância, serviços de armazenamento em nuvem, por exemplo, quando bem entender ou precisar.

Pode até parecer um exagero, mas o que esperar de empresas que oferecem um serviço meia-boca por um alto preço há anos, que comparam dados a energia elétrica, que cada justificativa dada para limitar sua internet é risível? Eu só espero o pior. Querem reduzir o nosso acesso à Internet a textão no facebook.

Quanto custará o maior plano de banda larga? Quanto vai custar o adicional de 10GB, 20GB, 30GB? Quanto cobrarão para eu poder assistir um documentário no Netflix que vai servir pro meu tcc? Quanto cobrarão para eu poder assistir um jogo no EI Plus? Quanto vai custar para eu assistir o capítulo da novela na Globo Play, depois que eu chegar do trabalho? E aquela disciplina da faculdade que só existe online? E o arquivo pesado que você precisa mandar para o seu cliente?


A Internet em outros países


Aqui, no Brasil, a gente ainda não sabe o que nos aguarda exatamente. Lá fora o modelo de franquias é comum, como os vídeos da Paula Buzzo (Austrália), da Mandy (Canadá) e do Rodrigo (Estados Unidos) explicam. Mas, vejam só, nada comparado com o que querem implantar aqui.



Quem quiser saber mais sobre o assunto, joga no youtube #InternetJusta, que vai aparecer uma lista de vídeos falando sobre o novo modelo de planos de banda larga fixa que algumas empresas pretendem implantar. Também vou deixar alguns links que tratam do tema. E, pessoal, vamos procurar se informar direitinho, em tempos de Fla x Flu político, o que não vai faltar é textão tendencioso, cheio de desinformação citando políticos. Todo mundo querendo tirar proveito da situação.




11 comentários

  1. Essa situação é complicada, as operadoras só ousam esse tipo de mudança por aqui porque entre grande parte da população a falta de informação ainda é grande - então com o tempo essa massa acaba se sujeitando as novas medidas. Eu espero mesmo que essa luta vá pra frente e que essas medidas sejam rediscutidas e adequadas, porque do jeito que tá...tá bom não.

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  2. Oi Mari, a hashtag #internetjusta está ajudando muito a fazer barulho.
    Pensei em fazer uma publicação a respeito, mas encontrei tantos vídeos e publicações (como a sua) que falam por mim que apenas compartilho rs.

    É revoltante mesmo, ver as coisas acontecendo lá fora, e o retrocesso do país. Alguns países aderirama franquia, mas muitas já estão voltando atrás.

    Espero mesmo, que isso não vá pra frente
    E que a gente consiga fazer MUITO barulho ^^

    Beijos

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  3. Menina isso dai deu resultado né graças a Deus, porque olha eu vi os vídeos abaixo a gente vive em um país das pessoas sem noção de fato mesmo né?
    Amei o post o blog mesmo, vou aparecer aqui com certeza mais vezes rs
    Beijos da Cih | Nem Rock Nem Roll

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  4. @Clayci, Também torcendo que essa ideia não vingue, ou pelo menos que façam algo justo. O que acho difícil. :/
    bjos!!

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  5. @Patty, Exato, precisa ser algo justo. Não faz o menor sentido esse tipo ideia, do jeito que propuseram.

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  6. @Cinthya Araújo de Barros, Sim, tá dando resultado. Espero que eles repensem esse modelo de franquia.
    Ahhh, que bom que gostou daqui!!
    Bjoo, Cinthya

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  7. Ótimo post! To guardando ele pra indicar no blog =D

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  8. Ótimo post! To guardando ele pra indicar no blog =D
    Preciso fazer um post assim no blog também pra ajudar a fazer barulho =D

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  9. Quando eu li a respeito dessa mudança na internet do Brasil eu fiquei muito revoltada, é um absurdo isso!
    COmo querem implantar um negocio desse, nao faz sentido.. fora já o preço caro que se é pago por um serviço que não é bom, é pra chorar, né? Eu realmente espero que isso não vá pra frente e que pensem em soluções de melhoria pro serviço e não limitar a informação de milhares de pessoas desse jeito!
    =/

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  10. @Chell, Sim, por enquanto foi suspenso, nada definitivo. O barulho tem que continuar.
    :)

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  11. @Taís, Com certeza, não faz o menor sentido. É muita maldade limitar o acesso a informação. :/

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